Mato Grosso está entre os Estados menos endividadosSegunda-feira, 11 de agosto de 2014 | Publicado às 17h25Mato Grosso está entre os Estados menos endividados da federação conforme mostram números do Tesouro Nacional publicados em reportagem no UOL neste sábado (09). Com isso o próximo governador, que assumirá no dia 1º de janeiro de 2015, encontrará um Estado com apenas 27% da renda comprometida. Em 2010 este índice chegava a 55% de comprometimento da receita. A dívida atual de Mato Grosso está em R$ 2,8 bilhões, segundo números de abril de 2014. O nível de endividamento de um Estado é calculado na comparação com a receita corrente líquida. É uma conta similar à de qualquer cidadão: Se você tem uma renda de R$ 1.000, e paga R$ 300 por mês de dívidas (compromete 30%), está mais endividado do que outro que ganhe R$ 2.000 e paga R$ 500 mensais (25%). No caso dos Estados, a comparação foi feita com base em dados do balanço final de 2010 e de abril de 2014. Nesse período, Acre, Amapá, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins passaram a comprometer percentualmente mais a receita com a dívida e são os Estados mais endividados. Segundo o economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Alexandre Manoel, mais endividados, os Estados passam a pagar prestações maiores, comprometendo ainda mais os apertados orçamentos das unidades e reduzindo, teoricamente, o poder de investimento futuro. "Os governos têm de pagar, de acordo com o prazo previsto no contrato. Mas nem sempre isso é automático. A maioria dos empréstimos tem carência de dois a cinco anos", explica. Norte e Nordeste - Os dados mostram que oito dos nove Estados que aumentaram o endividamento são do Norte ou Nordeste. O caso com maior aumento foi Roraima, que segundo balanço do final de 2010 comprometia 4% da receita e agora compromete 21%. Segundo Manoel, a explicação para o aumento de endividamento viria de uma oferta de créditos a juros subsidiados. Para ele, o fato de serem Estados mais pobres traz dificuldades de investimentos com recursos próprios, e os governos usam os empréstimos para realizar ações. O economista afirmou que, hoje, os empréstimos são sempre vinculados a projetos específicos. "Isso é praxe, especialmente quando se trata, por exemplo, de empréstimos junto a organismos internacionais, que são muito criteriosos. para aprovar investimentos, eles querem uma taxa de retorno alto ou retorno social maior que o privado", avalia. Confira a reportagem completa e o ranking dos Estados em:
Fonte: REDAÇÃO Secom-MT |