ECONOMIA

Núcleo de Lapidação já formou 102 profissionais em Mato Grosso

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Fomentar a arte de lapidar pedras, gerar empregos e renda são alguns dos objetivos do Núcleo de Lapidação em Pedras Coradas, implementado pela Companhia de Matogrossense de Mineração (Metamat). Integrando o propósito, pessoas de diferentes áreas de atuação buscam capacitação para atuar na área. Entre elas, estão os 29 formandos que receberam o Certificado na tarde de sexta-feira (14.12), na Metamat. O evento contou com a parceria da MT Fomento com explanação sobre as linhas de créditos e a coordenação do Artesanato de Mato Grosso, para viabilizar futuros projetos.

O empresário Dogan atua em diferentes áreas do artesanato. É escultor de pedras e também fabrica chinelos. Agora busca parceiros entre os colegas capacitados para montar um negócio na atividade de joias. -A ideia é montar um grupo para trabalhar. Independente do que pode surgir, uma coisa é certa, vou comprar os equipamentos para desenvolver um projeto. Temos matéria prima no Estado e mercado para atuar-.

A diversidade de pedras em áreas distintas de Mato Grosso também é um fator positivo para o setor. O aproveitamento de sobras de garimpos é usado para confecções de joias e bijuterias. No município de Nossa Senhora do Livramento, por exemplo, pedras rutiladas que antes eram moídas junto com a terra no processo para tirar o ouro, agora são extraídas para outra finalidade. -Por falta de conhecimento não se imaginava que poderia ser transformada em peça valiosa. O processo de retirada da pedra rutilada ainda é manual e em pequenas quantidades. Mas foi o conhecimento que tive no curso que me fez perceber que servirá para gerar renda. Futuramente, com investimentos adequados, um núcleo de pessoas se sustentará da atividade com incentivo para trabalhar-, revelou Eliane Beatriz, moradora da cidade e integrante do curso.

Lina Pedrosa, da segunda turma, atualmente ganha espaço no mercado como artesã na produção de diversos acessórios: colares, brincos, pulseiras, anéis. -Eu tinha um foco quando iniciei o curso, entre eles tirar proveito do projeto e ganhar dinheiro. Trabalho bastante e hoje faço tudo com muito amor-.

OURIVESARIA - Segundo Wanderlei Magalhães, a ideia é montar uma ourivesaria. -A parte mais difícil do projeto já foi implantada, que é a lapidação. Agora precisamos alçar outros passos da ourivesaria que são a modelagem, a fundição, design, cravação-. Antes disso, deve ser formada mais uma turma em lapidação no próximo ano. Com 4 turmas concluídas totalizando 102 pessoas capacitadas, o Núcleo de Lapidação da Metamat, que é vinculada a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) ultrapassou a meta que era 80 pessoas. Vale ressaltar que cada curso tem 300h/aula.

Para alavancar o mercado, o Programa de Artesanato de Mato Grosso, também da Sicme, pioneiro no país na confecção da Carteira Nacional do Artesão, é parceiro dos lapidários. Todos os participantes receberão a Carteira, que entre os benefícios, possibilita o trânsito nacional e internacional das peças fabricadas, nos países do Mercosul.

Linhas de Crédito, da MT Fomento, é uma das alternativas para fomentar o próprio negócio. Além de tirar dúvidas da turma, Saula Rodrigues, técnica de fomento, pontuou que -não é só colocar dinheiro no projeto, mas gerar emprego e renda-.