EDUCAÇÃO

Escola de Aripuanã desenvolve biodigestor para substituir gás de cozinha

Quinta-feira, 18 de outubro de 2012 | Publicado às 18h59

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Edson Rodrigues/Secom-MT

 resolução de problemas da comunidade com alternativas sustentáveis é objeto de pesquisa de alunos da rede estadual de ensino em Mato Grosso. Um desses exemplos é o da Escola Estadual Dom Franco Dalla Vale, sala anexa, a 150 quilômetros da sede, em Aripuanã.

Estudantes do 2º e 3º anos do Ensino Médio desenvolveram em conjunto um biodigestor. O equipamento funciona a partir da utilização do farto material encontrado pela região, excrementos de origem animal.

A ideia nascida há 18 meses sofreu resistência por parte da comunidade rural de Santa Cecília. Hoje devidamente aprovada, será colocada em prática na escola. A perspectiva é de que a troca do gás produzido pelo biodigestor pelo atual gás de cozinha, gere uma economia de até R$ 1.070.

-Nós provamos que é viável. Primeiro recolhemos o material, deixamos em uma unidade reservada pelo período de 45 a 47 dias. Esse material é ligado a um reator onde não há contato nenhum do oxigênio e então ocorre a produção do gás. O que sobra, empregamos como biofertilizante. Nós conseguimos captar o gás e mostramos a comunidade que é possível usar esse material que é limpo e de valor reduzido-, explica o estudante Paulo Vitor Costa da Silva. Segundo ele, o investimento para a instalação do tanque de captação e reserva e o reator não chegou a R$ 200.

Oriundo de uma comunidade onde se predomina pecuária de corte e de leite, destaca -a pecuária, meio ambiente e sustentatibilidade podem caminhar juntos. Temos de saber encontrar alternativas para nosso planeta-.   Para a pedagoga e orientadora do projeto, Isabela Aparecida Fiuza, ações que potencializem os saberes da terra e que promovam reflexos positivos para a comunidade integram a rotina de atividades da escola que atende a 139 estudantes do Ensino Médio e Fundamental.

-Percebemos o empenho dos alunos durante o desenvolvimento dos projetos. A escola deve saber criar estratégias para buscar esse estudante e também envolver a comunidade debatendo aspectos importantes a ela-.


Fonte: PATRÍCIA NEVES/Assessoria/Seduc-MT