AÇÃO SOCIAL

Prêmio Dom Pedro Casaldáliga é apresentado durante seminário no RJ (Atualizada)

Quinta-feira, 27 de setembro de 2012 | Publicado às 19h34

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É possível. Homens e mulheres podem viver em uma sociedade mais humana, livre das amarras da escravidão. Longe de trabalhos forçados, com o direito de exercer sua cidadania e a liberdade de ir e vir para onde desejarem. São por estes ideais que o Governo do Estado, por meio da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae-MT) tem conquistado avanços significativos contra o trabalho análogo ao escravo, prática que ainda persiste nos dias atuais.

O trabalho desenvolvido por Mato Grosso foi destaque no Seminário Coetrae-RJ: Boas Práticas no Enfrentamento ao Trabalho Escravo Contemporâneo. O evento aconteceu na terça-feira (25) no Ministério Público do Trabalho da 1ª Região, no Estado do Rio de Janeiro.

Na ocasião, foram apresentadas algumas das experiências desenvolvidas em Mato Grosso para o combate e a prevenção do trabalho escravo, e o Prêmio Nacional de Jornalismo Coetrae-MT Dom Pedro Casaldáliga foi uma delas. "Estamos realizando o prêmio para estimular a produção de matérias jornalísticas sobre a problemática do trabalho escravo. Queremos sensibilizar a sociedade sobre o assunto para que juntos, poder público e sociedade, possam estabelecer uma parceria para erradicação do problema", disse o presidente do Coetrae-MT e superintendente de Regional de Trabalho e Emprego, Valdiney de Arruda.

Podem participar do prêmio jornalistas que possuam registro profissional de trabalho. As matérias devem abordar o tema do trabalho escravo em Mato Grosso, com veiculação entre os dias 18 de julho deste ano a 30 de janeiro de 2013. Foram estipuladas oito categorias de premiação: Jornal Impresso, Webjornalismo, Revista, Televisão, Rádio, Fotojornalismo, Jornalismo Acadêmico e a categoria Dom Pedro Casaldáliga de Reportagem em Destaque, cuja premiação será de R$ 20 mil.

O prêmio Dom Pedro Casaldáliga recebe este nome para homenagear o religioso que denunciou o trabalho análogo à escravidão nos idos da década de 70. O religioso iniciou uma grande batalha para assegurar os direitos de trabalhadores rurais, pondo em risco sua própria vida.

São parceiros da Coetrae-MT na realização do prêmio o Conselho Estadual do Trabalho (Cetb-MT), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Ong Repórter Brasil, a Ong Movimento Humanos Direitos (MHuD) a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e o Sindicatos dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindijor).

Outras informações sobre a premiação podem ser obtidas no www.mt.gov.br ou pelo endereço eletrônico coetraemt@seguranca.mt.gov.br.

AÇÃO INTEGRADA

Os jornalistas interessados em participar do prêmio poderão abordar os temas da prevenção, repressão/Enfrentamento e a reinserção social do trabalhador. Nesta última vertente, o Projeto Ação Integrada tem conseguido resultados satisfatórios no processo de qualificação profissional e reinserção dos trabalhadores resgatados.

O Ação Integrada ataca dois principais fatores que causam a vulnerabilidade ao trabalho escravo: a dificuldade de acesso à educação e o desemprego. Desde 2009, o projeto já conseguiu capacitar e reintegrar à sociedade mais de 387 trabalhadores egressos do trabalho escravo.

COETRAE-MT

A Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo foi criada pelo Decreto nº 985, de dezembro de 2007. A instituição é formada por 26 instituições do poder público e sociedade civil organizada, entre elas a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas-MT). Entre as atribuições estão o acompanhamento e avaliação dos projetos de cooperação técnica firmados entre o Governo do Estado e os organismos nacionais.


Fonte: FABYOLA COUTINHO/Assessoria/Setas-MT